DESAPEGO

Os dias passam se arrastam...

 Engatinham...

Eu não consigo te esquecer, esquecer...

Por que, por quê?

Diga-me? O que fez comigo?

Quero me desintoxicar de você e não consigo!

Está difícil, Está difícil...

Noites e dias debruçada em pensar em vós...

Para que, não é?
Para, que tanto apego, não é?
É!

Acordo na madrugada,
pensando em suas frases tortuosas...

Arrepio-me, quando as lembro,

as lembro sempre;
Sempre as lembro...

Você entrou em minha vida, de uma forma estranha, fugaz e invasiva

Eu deixei, deixe-me levar...

Sou tão tola, não é? 
É!

Estou a pensar a me dedicar a raciocinar
a quem não faz e nem pratica o mesmo feito por mim,

para mim!

Sou tão tola, não é?
É!

É, e adoras isso, não é?
É! 
Ferir-me com essa minha fragilidade, Não é?

Não é? 
É!

São tantas noites suportando ainda acordar, na madrugada!

Pensando, nas palavras-punhais que me disse...

Não sei...

Sei!

Que era e se foi,

por um pedido,

por uma suplica desesperada que eu o deixasse...

Mas...

Eu sou forte pensei;

busco-te,
te caço...

Tenho medo!

Tenho medo de vós.

Ignorante e tão viril;

Tenho medo!

Tenho medo de vós.
Medo!

Pode deixar, vou sair de mansinho!

De mansinho como quando vi sua foto!

A foto, Ah foto!

Que me fez chegar a alguém, que se quer valoriza um pedaço que dei de mim!

De mim...

O que era petrificado, agora está desmoronado por minhas transgressões,

pelos meus vícios!

Fiz um voto...
Quebrei...

e agora estou diante de você feita tola...

Tola que sou.
Não é?
É!

Os dias passam e mesmo assim...

Os momentos vividos estão impregnados no meu corpo no meu ser,

Não sei?

Sei!

Que não serão vividos...

Porque estou me desapegando,

apegando-se apenas em lembranças...
Tola não é?

É!
 

Enxerguei-me agora!

Oh, só agora!
Tão tola!

  
Seguindo eu vou está, 
longe de suas frases tão horríveis e horrendas
Que agora me fizeram ver o quanto é cruel, não é?
É!


Se te procuro ainda, não sei o que é!
Talvez uma bobagem...
Adeus a tudo!
Estou me desapegando de suas maldades, é estou...