Minhas poesias são gotas de minha alma, que distribuo aos poucos e são eternas!

Minhas poesias são gotas de minha alma, que distribuo aos poucos e são eternas!
Minhas poesias são gotas de mim.

terça-feira, 1 de novembro de 2011


Resta

Eu era pura e me sujei com o mundo desolador.
Eu era claro
Hoje o que me resta?
Algo negro, imundo e sujo.

Feriram-me
Usaram-me
Transformaram minha vida em nada.
Nada é o que eu sou
Apenas compaixão de quem disse que me amou.

Deram-me:
Palavras vãs, tolas e insignificantes.
Pois eu era uma singela amante.

Doei-me
Chorei lagrimas em vão,
para quem nunca me amou.

E agora o que restou?
Solidão e melancolia.
E essas me abastecem de podridão
Pois fui um ser que tentou ser feliz e não um ser descartável.

Viris, homens sem coração
Que só enxergam:
carnes nuas e entregues ao prazer inútil.

Pensar e pensar.
Quem me dera agora ser o que fui
Porque o que fui
não volta,
tão pouco fica puro.

Os restos:
São restos
Meus restos.
Tudo o que restou dos passos que eu dei por vós.

Fiquei com as sobras
Sobras de alguém.

Resta-me apenas:
Solidão inútil
Que me dilacera o peito
Vinda dos descasos.

E o que me resta?
Solidão. 
                                                                                                                     Núbia Xavier 

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