Minhas poesias são gotas de minha alma, que distribuo aos poucos e são eternas!

Minhas poesias são gotas de minha alma, que distribuo aos poucos e são eternas!
Minhas poesias são gotas de mim.

domingo, 30 de setembro de 2012



Retratos

Jogamos fora, o que não temos.
Arriscamos tudo por imagens.
Retratos.

Aprender ou não...
Valer!
Retratos.

Vemos todos os dias imagens e retratos velhos.
Usamos da força maior em nós para respirar.
Respirar...
Retratos.

Não sei se vou
Não sei se fico parado.
Parado em retratos.
A vida me mostra apenas retratos e vou...
Retrato.

Não tenho mais o que esperar e nem o que pedir.
Nos milagres espero e os vejo em sonhos.
Retratos de sonhos.

O amor se foi e ficaram retratos.
E a expectativa se foi junto com ele...
Junto com os retratos se foi o meu amor!
E os retratos ficaram guardados...
Os retratos!
Velhos e empoeirados.

Retrato e vivendo...
Retrato os dias e as noites...
As imagens do meu :
retrato.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



A cera

O sofrimento me moldou.
Moldou meu ser.
Mudo e transformou a cor que eu tinha.
Moldou.

Vejo a vida com outros pensamentos...
Vejo a vida se passando em minha cera fria e perfumada.
Mudou e moldou.
Pensamentos de cera.

A cera velha se desfez, para que assim nascesse outro de mim.
Moldou a cera imperfeita e suja pelo descaso teu.
Moldou a cera pelo amargo e a dor da solidão.
A cera que era escura, agora resplandece chamas...
Chamas em mim...
Em mim.

Os dias enfadonhos moldados pelo o tempo.
Tempo de cera nova.
Viva e cera que se foi.

Calor intenso do fogo do tempo.
Aquela cera se limpou e renovou o que de mau havia nela.
Cera fria e limpa.
Cera fria...
Tempo!

Cera que se ergue e que se limpa.
Cera endurece, pelos feitos humanos.
A cera que havia e que se foi...
A cera.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012



Do outro lado da ponte




Te encontrei do outro lado de uma ponte...
Onde eu ouvia sua voz claramente.
Ouvia sua voz tão nitidamente em uma ponte.

Encontrei você no meu sonho, em uma ponte.
Em um lugar calmo e límpido.
Encontrei em meus sonhos reais a sua voz.
Em uma ponte.

Lembrei-me de tudo e senti que estava comigo.
Estava comigo naquela manhã.
Estava comigo o homem, que tanto penso.
Estava comigo.

Era real...
E eu satisfeita...
Era tão real sua voz na ponte.
Real...

Eu queria morrer como estou.
Pois meus sentimentos se mantêm intactos, mesmo com o tempo.
Eu queria morrer jovem e lembrar-se do que vivi.
Vivi no sonho com você.
E nem mesmo o tempo, me fez apagar como estou.

Te encontrei do outro lado de uma ponte;
Onde o lugar era verde e corria uma cachoeira.
Te encontrei do outro lado da vida.
Pois a ponte que nos separa,
 só mesmo o tempo e o infinito divino.
Ponte.

Sonhei...
Pois te encontrei no meu sonho do outro lado de uma ponte.
Onde nossos trajes eram lúcidos.
Sonhei,
sonhei com vós dizendo numa ponte.
Que me amava além do tempo.
Apenas, sonhei...

Nem que se vão às horas, e os dias e anos...
Posso te encontrar nos meus sonhos...
Sonhos numa ponte...
Ainda posso te ver...

Era real.
Só deveria ser um aviso.
Só deveria ser um aviso.
Um aviso de que em breve nos encontraremos longe daqui.
Longe desse tempo de escuridão em mim.
Longe de tudo o que é real.

Te vi,
te vi numa ponte.
Numa ponte da vida.
Num lugar calmo.
E eu tentei lembrar sua voz.
E te encontrei de um lado da ponte.
Em um outro lado da ponte.