Minhas poesias são gotas de minha alma, que distribuo aos poucos e são eternas!

Minhas poesias são gotas de minha alma, que distribuo aos poucos e são eternas!
Minhas poesias são gotas de mim.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011


                       Desencantamento 


Tudo mudou...
Tudo se modificou de repente
O que era para ser seu, não mais
Não mais

Esta mudando
Eu sinto que mudou
Sinto que te perdi
E me perdi nos braços que não os seus
Sinto o desencantamento

Eu mudei
Tudo se modificando está
Está tudo findado
Porque tudo acabou
Não sou sua
Mudei

Mas sinto sua falta
A falta do seu afago
Sinto ainda a tristeza de não ter você
Não terei mais nada seu
Nada mais...

O tempo vai se passar
Vai passar...

Desencantei da sua ternura
Ternura pouca
Ternura de esmolas
Desencantei

Sinto que você me salvou
No entanto entregue estou em que não são os seus

Sinto que sou eterna
Não para você
Agora desencantei
Mudei e mudei
Acordei desencantei

E como num acordar sofrido
Desapeguei-me e desencantei
Desprendi-me mesmo sofrendo
Desapeguei
                                                                                      Núbia Xavier

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tentar
Eu acredito no amor, acima de tudo
Eu acredito que posso mais que isso
Ir além do que eu ainda não fui
E se tentar é minha sina
Tudo vai ser assim

Posso seguir
Posso me recompor
Tentar
Tentar e tentar e cair

Acredito na mágica do amor
Creio que ela traz você
Oro para os anjos
Peço que me dêem seu amor

Tento
 Vivo tentando!
Rasgando-me...
Sufocando-me...
O que faço é apenas buscar você

Sinto que posso me machucar
Mas o que vale é ser eu mesma
Tentando estou
Chorando por dentro eu sinto
Creio que tenho que insistir
 Que devo me machucar
O que vale não sentir?
Eu acredito!
                  
                                                                                                              Núbia Xavier



sábado, 12 de novembro de 2011


Manias 

Tenho manias
Manias de me machucar
Manias de ser eu
Manias minhas
Manias que me incomodam
Manias sinceras e puras

De alguém que ama
De um ser transparente
De um alguém verdadeiro

Manias que exponho
Manias de amar alguém

Tenho raiva de minhas manias
Raiva de mim mesma
Minhas manias desenfreadas
Manias que aborrecem
Manias de uma menina e mulher ao mesmo tempo
Manias minhas e minhas
                                                                                                                          Núbia Xavier 

terça-feira, 8 de novembro de 2011


Melancolia

Tristezas e tristeza
Meu coração respira suas essências
Meu peito respira um profundo cheiro de descontentamento
Aspira  o amargo gosto de não te ter
Descontentamento...

Ter você comigo
Ter mais você.
Estou só comigo.

Sinto profunda melancolia
Seu desprezo
Sinto, sinto e recebo
Carregada estou, de tristeza e sentimento ruim.
Melancolia minha.

O tempo apenas diz:
Ele nunca vai voltar
Voltar
Choro, compulsivamente choro e choro.

Sinto uma dor na alma
Que não passa
Só aumenta com o desprezo seu.

Então eu sinto,
sinto que estou sozinha e cheia de tristeza
Tristeza na alma
Minha tristeza na alma
Tristeza dos meus dias

Deixa-me tomada de sentimento ruim.
Sinto que vou continuar na tristeza
Até o dia que me resgatar
Resgatar dessa falta que sinto se seu toque
Que não tenho
Que não me pertence  
Que percebo que jamais terei.

Minhas tristezas e tristeza sem ti.
Tristeza sem você. 
                                                                                                            Núbia Xavier 

domingo, 6 de novembro de 2011


TUA


Ninguém me toca
Se não for suas mãos

Mãos brancas em mim
Nenhuma boca vai passar no meu corpo se não for a sua.
Eu sou sua
Sua e sua.
Completamente sua

Nenhum homem encosta
Só tem um que quero
Você, Você!

Então vem e me ame, me toque.

Você vai me tocar e me fazer sua?

Sua mulher de todo jeito certo?

Nenhum homem encosta-se em mim.
Vai me fazer vibrar?
Ser sua
 Ser sua, sua?

Tudo meu,
agora te pertence.

Suas mãos em mim...
Sentem-me e me tocam suave
Deslizar doce e devagar.

Sei que a primeira coisa que vem em minha mente é:
   Ser apenas tua, sua e sua.

Vem.
Sou eu
Tua
Tua
 Nada me toca,
só as tuas mãos cálidas.

Tua e demais nenhum
Suas mãos em mim
Tocam o que te pertence
Tome-me
Sou tua
Tua.
     Núbia Xavier                                                                                                                                     

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Suas migalhas


Mendigando por migalhas estou
Pobre peito que só sangra solidão
Estou a ponto de afundar nas minhas tristezas
Entregue estou.
Entregue...
A uma melancolia eterna,
que não sai de mim, não sai de mim...

Machucas-me e
machuco-me por vós.
Por vós.

Cada palavra sua me fere
Elas estraçalham-me a alma
Dilaceram-me.

Como eu queria não escrever solidão
Mas o que ganho por se ingênua é só ela
Ela
A solidão
Sou a própria solidão
A tristeza.

Derramo lágrimas amargas e sofridas por você
Sofro tanto
Tanto...
Atrás de migalhas estou.
Não me nota?
O que vê?
Uma tola em busca de migalhas?
Sim é!

O que me resta é mendigar por migalhas suas.
E com elas tentar ser feliz.

O que ganho mesmo são migalhas
Restos de alguém que não me vê
Migalhas suas
Migalhas alheias
Recebo-as de bom grado
Por quê?

Eu sou o próprio desfalecer.
Sou triste sem você.
Sem migalhas suas.
Migalhas dadas de um homem.
Migalhas mendigadas de um ser tão frágil e solitário.
Preciso de migalhas.
Só Migalhas.

                                                                                              Núbia Xavier 



terça-feira, 1 de novembro de 2011


Resta

Eu era pura e me sujei com o mundo desolador.
Eu era claro
Hoje o que me resta?
Algo negro, imundo e sujo.

Feriram-me
Usaram-me
Transformaram minha vida em nada.
Nada é o que eu sou
Apenas compaixão de quem disse que me amou.

Deram-me:
Palavras vãs, tolas e insignificantes.
Pois eu era uma singela amante.

Doei-me
Chorei lagrimas em vão,
para quem nunca me amou.

E agora o que restou?
Solidão e melancolia.
E essas me abastecem de podridão
Pois fui um ser que tentou ser feliz e não um ser descartável.

Viris, homens sem coração
Que só enxergam:
carnes nuas e entregues ao prazer inútil.

Pensar e pensar.
Quem me dera agora ser o que fui
Porque o que fui
não volta,
tão pouco fica puro.

Os restos:
São restos
Meus restos.
Tudo o que restou dos passos que eu dei por vós.

Fiquei com as sobras
Sobras de alguém.

Resta-me apenas:
Solidão inútil
Que me dilacera o peito
Vinda dos descasos.

E o que me resta?
Solidão. 
                                                                                                                     Núbia Xavier